sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Estou em casa neste fim de tarde quente a ver o mar pela janela. O nosso mar. Fui logo escolher a praia que tem este mar onde foram construídos momentos que irão ficar para sempre. Há quem diga que nada é para sempre. Discordo.
Continuo a olhar o mar, a observar o sol que desce devagarinho no horizonte. Nas águas que vão ondulando ao sabor da brisa suave moram as minhas lembranças boas. Se este mar pudesse murmurar pedaços do meu passado... quem o escutasse ficaria absorto pelas histórias que ele teria para contar.
O mar olha agora para mim e eu olho para ele numa cumplicidade que só os dois entendemos. Continuo a olhá-lo através da vidraça da janela da casa que me acolhe. Queria ficar aqui eternamente e pedir a este mar azul que leve nas suas ondas envergonhadas todas as lembranças e memórias de uma felicidade vivida em toda a sua plenitude e agora ausente.

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