sábado, 28 de agosto de 2010


' Busco respostas e encontro mais perguntas.
Me agarro naquilo que ainda sou!...
Estou sem sono. Vagueio calma pela casa. Não quero pensar. Não consigo evitar. E deixo a calma afastar-se devagarinho dando lugar à raiva de querer e não querer. Penso em ti, que posso fazer? E recordo... a ti, a mim e aos momentos inesquecíveis que passámos. Os tais momentos bons de que é feita a vida. Houve alguém que disse...olha, para não sofreres pensa nos momentos maus. Mas eu não consigo. Penso no teu olhar em mim, nos teus abraços em mim, na tua voz.. ai, a tua voz. Foi por ela que me apaixonei, lembras-te?
Será que vai ser sempre assim? Será que te vou lembrar de vez em quando? Será que continuarás a fazer parte de um bocadinho de mim? Será que quando formos bem velhinhos e nos cruzarmos numa rua qualquer da nossa cidade ainda nos vamos olhar? Será que vamos sorrir um para o outro? Será? O quê?
Não quero pensar nisso. Recuso-me a pensar no futuro. Continuo a vaguear pela casa. E sinto-me feliz com o que construí e pelo que sou. Engraçado. A calma voltou. Com pézinhos de lã.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Estou em casa neste fim de tarde quente a ver o mar pela janela. O nosso mar. Fui logo escolher a praia que tem este mar onde foram construídos momentos que irão ficar para sempre. Há quem diga que nada é para sempre. Discordo.
Continuo a olhar o mar, a observar o sol que desce devagarinho no horizonte. Nas águas que vão ondulando ao sabor da brisa suave moram as minhas lembranças boas. Se este mar pudesse murmurar pedaços do meu passado... quem o escutasse ficaria absorto pelas histórias que ele teria para contar.
O mar olha agora para mim e eu olho para ele numa cumplicidade que só os dois entendemos. Continuo a olhá-lo através da vidraça da janela da casa que me acolhe. Queria ficar aqui eternamente e pedir a este mar azul que leve nas suas ondas envergonhadas todas as lembranças e memórias de uma felicidade vivida em toda a sua plenitude e agora ausente.
Voltei a abrir o móvel da sala e voltei a pegar com todo o cuidado na caixinha de madeira onde dormem tranquilamente as tuas cartas. Desta vez li-as todas uma por uma e deixei as gargalhadas fluirem. É impossível ler o que escreveste no passado sem rir com aquela vontade espontânea. Não sei quanto tempo estive assim, apenas sei que quando voltei a guardá-las as risadas que invadiram o meu espaço deram lugar à nostalgia. Não gosto nada de sentir saudades. Levantei-me num ápice, pus a roupa mais bonita que encontrei, calcei os melhores sapatos e não, não pintei os lábios de vermelho, saí para a rua e dirigi-me ao parqueamento. Entrei no carro e olhei para os três cd's inertes em cima do banco e entre Iron Maiden, The Sisters of Mercy e Reamon decidi-me pelo último. E com a música em decibéis mais p'ro alto que p'ro baixo, palmilhei alguns kilómetros sem saber bem por onde andei. Senti-me livre e com forças para continuar. Ao regressar a casa respirei fundo e interiorizei que a vida é fácil de viver... há sim que saber aproveitá-la até ao tutano e viver os momentos que nos fazem felizes ainda que sem sabermos.
Não me escolha como a eleita dos seus dias. Escolha uma dessas meninas com perfis de orkut todos iguais, que gostam de msn, que querem ser pedidas em namoro. Essas meninas que choram e sofrem, depois esquecem e ficam submissas. Dessas que conseguem se apaixonar, se apegar, amar. Eu não sou assim. Eu sou fria e jogo com as pessoas - não por maldade, mas porque inconscientemente me envolvo com brincadeiras, que na verdade são vidas de gente que ama e sofre de verdade. É, procure a saída mais próxima e parta de vez para uma relação humana, comum, sólida, eterna na sua duração e cheia de palavras e promessas de carinho. Eu tenho aflição de toque e sou incapaz de jurar amor sem pensar e ter certezas.Eu tentei racionalizar você. Fiz minha cartilha e decorei minha fala: não tenho motivos para me apaixonar.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

"Eu não sei onde foi que me perdi. Sei que faz tempo e faz mal. Sei das noites que a sensação de ausência me manteve desperta e sem vontade de qualquer coisa. Eu me criei vazia e não soube preencher. Mas sinto que ainda necessitando de distância e tempo pra pensar sozinha, eu quero mesmo é alguém que me faça mudar completamente de opinião. Que faça meu corpo querer companhia nos momentos em que minha mente insiste pela solidão. Que faça meu coração lutar contra minha razão que tanto toma conta de mim sem saber se é isso mesmo que eu quero. Se nem eu sei o que quero."
Mas tudo que vem fácil, vai difícil. E minhas tentativas de gostar das pessoas já me esgotaram. Não quero começar mais nenhuma relação que eu já conheço o script: eu me encanto, ele se apaixona, eu me esforço pra gostar, ele tenta me conquistar, eu me culpo, ele sofre. Tudo isso gasta energia, me desilude e me deixa cada vez mais fechada. Fico achando que então devo me interessar pelos que não vão gostar de mim logo de cara, porque aí eu é que sofreria e quem sabe assim eu conseguisse me fixar.
"Confesso que quando você apareceu, até pensei em ter você. Mas cada queda é um aprendizado, e em alguns dias, cada segundo é uma nova lição. Agora é tarde e eu sou mulher demais pra você. Não preciso dessa sua sabedoria que você usa pra intimidar quem não percebe a superficialidade das suas palavras. Não preciso de nada de você. Só distância. Você encontrou alguém diferente: uma leitora. Eu leio sua dúvida em tudo o que você diz com tanta certeza, porque precisa falar pra existir.
Estou fugindo sim. Me afasto pra não ter que lidar com o seu jeito grudento de quem quer convencer à todos que me tem. Você não tem, nem ao menos uma parte pequena. Não adianta me abraçar pra afastar quem quer se aproximar, eu não gosto disso. Você me incomoda. Tenho aflição de pensar nessa conversa que você insiste em dizer que quer ter comigo."

terça-feira, 24 de agosto de 2010

'Eu não deixo você seguir em frente, não é? Estou sempre no seu caminho fazendo você tropeçar no passado. Esse não era o papel que eu queria, pode ter certeza. Queria fazer valer seus instantes perdidos me observando numa festa cheia e tentando entender meus enigmas. Eu sou uma decepção. Parecia tão interessante, tão cheia de luz. E agora sou essa criança que só quer agarrar você e proibir de brincar com os outros amiguinhos. Só meu, não empresto.
Não desiste de mim. Por trás de tanta indecisão tem alguém que precisa de companhia mesmo fingindo que não. Tem alguém que odeia todo mundo num segundo e chora de saudades de todos no segundo seguinte. E de você principalmente. Desculpa. Eu realmente não queria ser assim pra você.'
"Eu não pertenço a você.Bem talvez eu quisesse ,mas não consigo me ver,vivendo ao teu lado,eu tento esquecer,daquele beijo roubado, que eu nunca dei em você ... sozinho em seu quarto, eu sei que você pensa em mim,em meu jeito de falar, andar e,também de vestir,isso me leva a crer,que ainda existo pra você,e que eu não saio da sua cabeça ...se algum dia lhe disserem que,fui embora,sem mencionar seu nome,acredite, pois cansei,de esperar por alguém que sei que não virá.Joguei suas coisas fora, tudo que escrevi por você,peguei meu rumo embora, para tentar esquecer dos dias difíceis e noites que não dormi,lembranças que fizeram minha alma se ferir...!"
“ Pedi a ele uma Definição... ou me quer e vem, ou não me quer e não vem. Mas que me diga logo,pra que eu possa desocupar o coração. Avisei que não dou mais nenhum sinal de vida. E não darei. Não é mais possível. Não vou me alimentar de ilusões. Prefiro reconhecer com o máximo de tranqüilidade possível que estou só,do que ficar a mercê de visitas adiadas, encontros transferidos. No plano real: que história é essa? No que depende de mim, estou disposto e aberto. Perguntei a ele como se sentia. Que me dissesse. Que eu tomaria o silêncio como um não e ficaria também em silêncio. Acho que fiz bem.”



"...-Você destroçou-me o coração quando me abandonaste.e vêm agora lamentar junto de mim,como se fosse vitima,não terei compaixão por você! Não eu,a quem derá a morte,penso que lucraste com a situação, olha como estás forte!Quantos anos pensas ainda em viver depois de eu morrer ?.
   Os Olhos dela,desmedidamente abertos e umedecidos pelas lagrimas lançaram-lhe,por fim,um olhar ameaçador,e o seu peito arfou.Nem um segundo eles se mantiveram separados;Ela,com tal dificuldade deu um salto, e ele,recebeu-a nos braços,enlaçando-se os dois num abraço no qual ele retribuia o gesto dela com frenéticas caricias,dizendo furiosamente:
  - Mostraste-me agora o quão cruel tens sido.Cruel e falsa! Por que me desprezaste? Por que traiste o teu proprio coração? Não tenho sequer uma palavra de conforto pra dar. Tu mereces tudo aquilo por que esta passando. Mataste a ti própria. Sim,podes beijar-me e chorar o quanto quiseres. Arrancar-me beijos e lagrimas. Mas eles vão te queimar e serás amaldiçoada. Se me amavas,por que me deixaste? com que direito? Responda-me! Pois não foi eu que a abandonaste.E sim você.Por que? Por causa da mera inclinação que sentias pelo outro ? Pois não foi a miséria,nem a degradação,nem a morte,nem algo que Deus ou Santanás pudessem enviar,que nos separou. Foste tu,de livre vontade,que o fizeste.Não fui eu que despedacei teu coração,foste tu própria. E,ao despadaçares o teu,despedaçaste o meu também.Tanto pior para mim,que sou forte e saudável. Se eu desejo continuar a viver? Que vida levarei quando...Oh! Meu Deus! Gostaria tu de viver com a alma na seputura ?
  -Deixa-me em paz! Deixa-me...-suplicou ela,a soluçar. -Se errei,vou morrer por isso! Não achas o suficiente? Tu também me abandonaste,mas eu não te censuro! Eu te perdoo. Perdoa-me também!
  -Não é fácil perdoar,olhar para esses olhos e agarrar essas mãos mirradas - respondeu ele. - Beija-me e não me deixes ver teus olhos! Perdoo-te o mal que me fizeste. Eu amo quem me mata. Mas...como poderei perdoar quem te mata ?
  Quedaram-se os dois em silêncio,com as fazes encostadas,lavadas pelas mesmas lágrimas. Creio que choravam ambos,pois ele só choraria em ocasiões como essas.
'se for falar mal de mim, me chame, sei coisas terriveis ao meu respeito'
"Gostaria de poder abraçar-te até morrermos os dois!"

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

"...o meu amor pelo Linton é como a folhagem dos bosques: irá se transformar com o tempo,sei disso,como as árvores se transformam como o inverno.Mas meu amor por Heathcliff ,é como as penedias que nos sustentam: podem não ser um deleite para os olhos,mas são imprescindíveis,eu sou o Heathcliff. Ele esta sempre,sempre,no meu pensamento.Não por prazer,tal como eu não sou um prazer para mim própria,mas como parte de mim mesma,como eu própria.
"...Ele nunca saberá como eu o amo; e não é por ele ser bonito,mas por ser mais parecido comigo do que eu própria,Seja qual for a matéria de que as nossas almas são feitas,a minha e a dele são igual,e a do Linton ,é tão diferente delas como um raio de lua de um relâmpago,ou a geada do fogo."
"Amo o chão que ele pisa e o ar que ele respira e tudo o que ele toca e as palavras que ele diz. Amo o seu aspecto,e os seus atos,amo-o inteiro,integralmente."
"Eu,que decidira manter-me fora de tudo e qualquer contato social e agradecia aos céus o fato de ter finalmente encontrado um local remoto e isolado onde tal contato seria impraticável,eu,probre náufrago,depois de ter travado até o anoitecer uma luta renhida contra o desânimo e a solidão,via-me finalemnte a recuperar as minhas forças...!"
"...Se tudo o mais perecesse e ele ficasse,eu continuaria,mesmo assim,a existir;e,se tudo mais ficasse e ele fosse aniquilado,o universo se tornaria para mim uma vastidão desconhecida,a que eu não teria a sensação de pertencer."
"Se olho para estas lajes,vejo nelas gravadas as suas feiçoes! Em cada nuvem,em cada árvore,na escuridão da noite,reflerida de dia em cada objeto,por toda a parte eu vejo sua imagem! Nos rostos mais vulgares de homens e de mulheres,até as minhas feiçoes me enganam com a semelhança.O mundo inteiro é uma terrivel coleção de testemunhos,de que um dia ela realmente existiu e a perdi PRA SEMPRE!"

domingo, 22 de agosto de 2010

"Se o amor dela morresse,eu arrancaria seu coração do peito e beberia seu sangue."
"Algo de que eu tinha certeza!
Sabia disso na boca do estomago,no cerne de meus ossos,
sabia disso do alto da minha cabeça a sola dos meus pés
sabia no fundo do meu peito vazio,que o amor pode dar as pessoas os poder de despedaçar você...E eu...Fui irremedivelmente despedaçada!"
"As pessoas valorizam apenas a alegria,como se a tristeza não tivesse a sua importancia!"
"Ela o teria,mesmo que isso a matasse,mesmo que matasse os dois...Ele seria dela!'
"...Juro que vou fujir,mas me detenho,pois sei que toda culpa nisso,tenho,por ser escravo assim...de um grande amor!"
"Quando sinto que é hora da partida,da triste despedida...Meu coração hesita em ir embora.!"
“Não importa quanto vai durar - é infinito agora.”
"Eu me sinto às vezes tão frágil, queria me debruçar em alguém, em alguma coisa. Alguma segurança.
Invento estorinhas para mim mesmo, o tempo todo, me conformo, me dou força. Mas a sensação de estar sozinho não me larga. Algumas paranóias, mas nada de grave. O que incomoda é esta fragilidade, essa aceitação, esse contentar-se com quase nada. Estou todo sensível, as coisas me comovem..."
"Sinto uma falta absurda de você. Ficou um vazio que ninguém preenche. e penso e repenso e trepenso em você aí. (...) Tá tudo bem assim. Só que me rouba o sentido - entende? - ou a ilusão de sentido que quero ter de vida, e que é essencial para a minha sobrevivência. (...) Me sinto o camelo do poema de Cecília Meireles, mastigando sua imensa solidão".